Melhores Obras de Oscar Wilde

Melhores Obras de Oscar Wilde

Descobrir as melhores obras de Oscar Wilde é adentrar em um mundo de sagacidade, ironia e profundidade literária incomparável. Reconhecido como um dos mais brilhantes escritores da língua inglesa, Wilde deixou um legado eterno com suas peças teatrais, ensaios e romances que desafiam convenções e exploram os temas mais profundos da natureza humana.

Nossa equipe dedicou-se a destacar não apenas as obras mais célebres, mas também aquelas que encapsulam a perspicácia e o estilo inconfundível de Wilde. Cada obra selecionada reflete não apenas sua genialidade como autor, mas também sua capacidade única de provocar reflexões sobre moralidade, amor, e a sociedade vitoriana em que viveu.

Quem foi Oscar Wilde?

Melhores Obras de Oscar Wilde
Imagem: Divulgação

Oscar Wilde, uma das figuras mais brilhantes e controversas da literatura do século XIX, personifica não apenas a genialidade literária, mas também a audácia em desafiar as normas sociais de sua época. Nascido em 1854 na Irlanda, Wilde estudou na Universidade de Oxford, onde se destacou pela eloquência e pelo gosto refinado pela estética. Sua habilidade única de combinar ironia mordaz com uma profundidade psicológica penetrante o distinguiu como um escritor à frente de seu tempo.

As obras de Wilde, , exploram temas como decadência moral, beleza e a busca pela imortalidade, enquanto suas peças teatrais, satirizam a sociedade vitoriana com um humor cáustico e perspicaz. Além de seu talento literário, Wilde era conhecido por sua personalidade extravagante e carismática, frequentando os círculos sociais mais elitizados de Londres, onde suas conversas brilhantes e sua moda excêntrica o tornavam uma figura de destaque.

No entanto, sua vida pessoal tumultuada contribuiu igualmente para sua fama duradoura. Wilde desafiou abertamente as convenções morais ao se envolver romanticamente com Lord Alfred Douglas, o que eventualmente levou ao seu julgamento e condenação por “conduta indecente”. Após cumprir uma sentença de dois anos de trabalhos forçados, Wilde viveu seus últimos anos na pobreza e exílio, mas ainda escreveu profundamente sobre sua experiência e sua visão da sociedade. O legado de Oscar Wilde transcende sua própria vida, influenciando gerações posteriores de escritores e pensadores. Sua habilidade de capturar a complexidade da condição humana, combinada com seu estilo inimitável, continua a inspirar debates sobre arte, moralidade e liberdade criativa até hoje.

O Retrato de Dorian Gray

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No livro “O Retrato de Dorian Gray”, ambientado em Londres, em 1890, Oscar Wilde tece uma história envolvente entre médicos e monstros, assassinatos e mistérios, explorando temas de imortalidade, beleza e criminalidade. A narrativa gira em torno de Dorian Gray, um jovem extraordinariamente belo cuja vida muda quando ele se torna o modelo de uma pintura. Ao fazer um desejo imprudente de que seu retrato envelheça em seu lugar, Dorian ganha uma espécie de imortalidade, permanecendo eternamente jovem enquanto seu retrato carrega os sinais de sua idade e os efeitos de sua vida hedonista e corrupta.

Conforme Dorian se entrega a uma existência marcada pelo prazer e pela decadência moral, o retrato se torna um reflexo grotesco de sua alma corrompida, enquanto ele próprio permanece intocado pelo tempo. Wilde, com seu estilo literário apurado e estético, enriquece a trama sombria com paixões intensas, crimes brutais e uma brilhante e sarcástica crítica social.

“O Retrato de Dorian Gray” combina a elegância literária de Wilde com uma narrativa sombria e intrigante, resultando em uma obra que não só desafia as convenções morais da época, mas também continua a fascinar leitores com suas reflexões sobre a natureza da beleza, a passagem do tempo e as consequências de uma vida dedicada à busca incessante de prazeres.

A Importância de ser Prudente

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Em “A Importância de Ser Prudente”, uma comédia farsesca de Oscar Wilde que estreou nos palcos londrinos em 1895, a trama gira em torno de personagens da sociedade vitoriana que mantêm disfarces e nomes fictícios para escapar das convenções sociais rígidas da época, onde as aparências são mais valorizadas do que a verdade. O título original, “The Importance of Being Earnest: A Trivial Comedy for Serious People”, já revela o tom satírico da peça. O termo “earnest” significa sério e, por extensão, honesto, e é um homófono de “Ernest”, ou Prudente, o que adiciona uma camada de humor ao título.

A peça acompanha dois amigos, John Worthing e Algernon Moncrieff, que criam identidades fictícias para fugir das suas responsabilidades sociais. John, conhecido como Jack, assume o nome “Ernest” quando está em Londres, enquanto Algernon inventa um amigo inválido chamado “Bunbury” que precisa de constantes cuidados, permitindo-lhe escapar de compromissos tediosos. As confusões começam quando ambos se apaixonam e suas identidades fictícias começam a desmoronar, levando a uma série de mal-entendidos e revelações cômicas.

Com diálogos afiados e situações absurdas, “A Importância de Ser Prudente” faz uma crítica mordaz às normas sociais da época, explorando temas como identidade, verdade e as convenções do amor e do casamento. A peça é considerada uma das obras-primas de Wilde, destacando-se por seu humor inteligente e sua crítica social perspicaz.

Salomé

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Na obra de Oscar Wilde, “Salomé”, a trama inspirada na história bíblica gira em torno da bela e sedutora dançarina Salomé, que é irresistivelmente atraída por João Batista, um profeta cativo. Apesar de usar todos os artifícios possíveis para seduzi-lo, ela não consegue abalar a determinação e a fé inabalável de João Batista. Frustrada e furiosa pela rejeição, Salomé decide vingar-se.

A oportunidade de sua vingança surge durante uma celebração em que Herodes, seu tio e padrasto, está presente. Herodes, fascinado pela beleza de Salomé, pede insistentemente para que ela dance para entreter seus convidados. Ciente da influência que exerce sobre Herodes, Salomé aceita dançar, mas faz isso sob uma condição: ela quer uma recompensa. Herodes, em seu desejo, promete dar-lhe qualquer coisa que ela queira, até metade de seu reino.

Após realizar a famosa e hipnotizante “Dança dos Sete Véus”, Salomé revela seu desejo chocante: a cabeça de João Batista em uma bandeja. Herodes, horrorizado mas incapaz de recusar após fazer sua promessa pública, cede ao pedido de Salomé.

A cena final de “Salomé” é estranhamente perturbadora e inesquecível. O momento em que Salomé recebe a cabeça de João Batista é marcado por um misto de triunfo e macabra satisfação, encapsulando a essência de sua vingança e a profundidade de sua obsessão. Oscar Wilde, com sua habilidade única de entrelaçar temas de paixão, poder e retribuição, cria uma narrativa intensa e fascinante que continua a ressoar com os leitores.

O fantasma de Canterville e outros contos

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A imponente mansão Canterville ganha novos moradores com a chegada da cética família norte-americana Otis, que se recusa a acreditar que o fantasma de Sir Simon perambula pela residência. Convictos de que fantasmas não existem, os Otis tratam Sir Simon com indiferença, subvertendo a tradicional dinâmica de assombração. Agora, a assombração incumbida de assustar é assombrada pelos moradores, para seu desgosto e surpresa.

“O Fantasma de Canterville e Outros Contos” é um compilado de histórias que demonstram a versatilidade, o humor ácido e o senso crítico do autor irlandês Oscar Wilde. Através de sua escrita espirituosa e satírica, Wilde explora temas como a colisão entre culturas, a superficialidade da sociedade vitoriana e a ironia inerente às tentativas de manter tradições obsoletas. As histórias variam do humor ao drama, refletindo a habilidade única de Wilde em criar narrativas que são ao mesmo tempo divertidas e reflexivas.

De Profundis

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De Profundis é o texto escrito na prisão por Oscar Wilde, quando foi condenado sob a acusação de homossexualismo após o escandaloso caso em que se envolveu com Lord Alfred Douglas. É uma longa carta de recriminações a seu ex-amante e causa de toda sua desgraça.

Este livro – na verdade, uma extensa carta – foi escrito na prisão, após longos meses em que Wilde ficou sem receber nenhuma correspondência de Lord Alfred Douglas, conhecido como Bosie, por conta de quem fora encarcerado. Ao longo da carta, as circunstâncias do caso se tornam claras, e a verdade nua e crua é revelada sem meias palavras por um Wilde muito diferente daquele que escrevera suas obras mais famosas. Em De Profundis, Wilde não poupa críticas e reflexões sobre sua relação com Bosie, expondo as dinâmicas tóxicas e os ressentimentos acumulados.

Alguns escritores são tão extraordinários que tudo o que compõem se torna arte, tendo eles essa intenção ou não – e essa carta privada, endereçada a Bosie, se prova uma obra-prima inusitada. Wilde, com sua habilidade literária inata, transforma sua dor e indignação em um texto poderoso e tocante, refletindo sobre amor, traição, arrependimento e a profundidade do sofrimento humano. De Profundis é não apenas uma recriminação pessoal, mas também uma meditação profunda sobre a condição humana e o impacto devastador das relações interpessoais.

O Príncipe Feliz

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Em O Príncipe Feliz, há muito tempo, um príncipe governava sua cidade com alegria. Além de desfrutar do luxo e da beleza do palácio em que vivia, ele era muito admirado por seus habitantes. Tão profundo era esse afeto que, após a sua morte, para homenageá-lo, seus súditos ergueram no topo de uma alta coluna uma estátua repleta de ornamentos preciosos.

A partir de então, o jovem príncipe, que em vida nunca conheceu a tristeza, passou a ver a miséria daquele lugar. Do alto de sua coluna, ele testemunhava as adversidades enfrentadas pelo povo e, com um coração repleto de compaixão, derramava lágrimas por suas dores. Certo dia, uma pequena andorinha, em busca de abrigo durante sua migração, pousou aos pés da estátua. Encantada pela beleza da escultura, ela decidiu passar a noite ali.

Ao ver a andorinha, o Príncipe Feliz pediu-lhe ajuda. Ele pediu que a ave retirasse os ornamentos preciosos de sua estátua e os distribuísse entre os pobres da cidade. A andorinha, comovida pela bondade do príncipe, concordou em ajudá-lo. 

O Gigante Egoísta

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Em “O Gigante Egoísta”, um conto encantador de Oscar Wilde, todas as tardes, após a escola, as crianças iam brincar no lindo e amplo jardim do Gigante, que estava viajando. No entanto, ao voltar para casa e encontrar as crianças em seu jardim, o Gigante, que era extremamente egoísta, as expulsou e decidiu construir um muro alto em volta do jardim para que ninguém mais, além dele, pudesse desfrutar daquele espaço. A partir desse momento, o jardim, antes vibrante e alegre, passou a receber visitas apenas do Inverno, do Vento Norte e do Granizo, enquanto a Neve e a Geada dançavam entre as árvores, tornando o ambiente frio e desolado.

Os dias passaram, e o jardim permaneceu triste e gelado, sem a presença das crianças para trazer vida e alegria. Até que, um dia, as crianças conseguiram encontrar um pequeno buraco no muro e entraram novamente no jardim. Com a presença delas, a primavera voltou a florescer no local, trazendo de volta a beleza e o calor. O Gigante, ao ver o retorno das crianças e a transformação do jardim, percebeu o quanto havia sido egoísta e, tocado pela alegria e pela inocência das crianças, decidiu derrubar o muro e compartilhar seu jardim com elas para sempre.

A partir de então, o Gigante se tornou amigo das crianças, e seu jardim nunca mais deixou de florescer, sendo sempre um lugar de alegria e vida. Este conto, com sua simplicidade e profundidade, transmite uma importante lição sobre generosidade, compaixão e a beleza de compartilhar o que temos com os outros.

O Rouxinol e a Rosa

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Em “O Rouxinol e a Rosa”, uma jovem disse ao estudante apaixonado que dançaria com ele no baile, mas apenas se ele lhe desse uma rosa vermelha. O estudante, desesperado, procurou em todos os lugares, mas não conseguiu encontrar uma rosa vermelha. Lá do seu ninho, o Rouxinol escutou o lamento do jovem e ficou comovido com seu amor sincero.

Determinado a ajudar o estudante, o Rouxinol voou de roseira em roseira em busca de uma rosa vermelha, mas todas as roseiras diziam que não poderiam produzir uma flor naquele momento. Finalmente, uma das roseiras revelou ao Rouxinol que havia uma maneira de criar uma rosa vermelha: o Rouxinol teria que cantar a noite toda com o peito contra um espinho, alimentando a flor com seu próprio sangue.

O Rouxinol sabia que este sacrifício lhe custaria a vida, mas sua compaixão pelo amor do estudante foi maior. Então, ele se preparou para o sacrifício, cantando sob a luz da lua, enquanto o espinho penetrava mais fundo em seu peito. À medida que a noite passava, o Rouxinol cantava com uma paixão e dor crescentes, e o sangue do seu coração tingia a rosa branca, transformando-a em uma linda rosa vermelha.

A Balada Do Carcere De Reading

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Poucos souberam falar sobre a dor, a solidão e o inferno dos condenados como Oscar Wilde em “A Balada do Cárcere de Reading”. Este poema, um testemunho autobiográfico e um libelo contra a injustiça, representa a mais dramática expressão do gênio poético de Wilde. Escrita durante seu encarceramento, a obra foi publicada como sua última criação em vida e retrata com crueza os horrores que o autor enfrentou ao ser condenado por homossexualidade e violação dos rígidos princípios morais da Inglaterra vitoriana.

Na balada, Wilde descreve em versos de extrema sensibilidade e beleza poética a convivência com a morte, a violência e a desumanização dos prisioneiros. Ele narra a experiência de estar preso em Reading Gaol, onde testemunhou a execução de um colega prisioneiro e refletiu sobre a brutalidade do sistema penitenciário. Cada linha da obra carrega a dor e a reflexão profunda de Wilde, expondo a degradação humana e a perda da dignidade sob a opressão de um sistema implacável.

“A Balada do Cárcere de Reading” não é apenas um relato pessoal, mas também um poderoso grito contra as injustiças sociais e uma obra-prima poética que destaca a capacidade de Wilde de transformar sofrimento em arte de forma magistral.

O Crime de Lord Arthur Savile

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“O Crime de Lord Arthur Savile”, obra de Oscar Wilde, nos transporta para a vida aristocrática em Londres, onde Lord Arthur Savile, um jovem de nobre linhagem, recebe uma previsão sinistra de um quiromante: ele está destinado a cometer um assassinato. Determinado a se casar com sua amada Sybil Merton antes de qualquer infortúnio, Lord Arthur decide adiar o casamento até que cumpra seu fatídico destino. 

Sua primeira tentativa é envenenar sua tia Clementina, entregando-lhe uma cápsula de veneno sob a aparência de um remédio para azia. Após a morte dela, Lord Arthur fica chocado ao descobrir que a tia faleceu de causas naturais, deixando-o perplexo e com o dilema de como cumprir a profecia. 

Ao retornar a Londres para explorar a herança deixada por sua tia, ele se depara com a pílula de veneno intocada, confrontando-o com a necessidade urgente de encontrar uma nova vítima para alcançar sua libertação pessoal e garantir seu futuro matrimonial.

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