10 Melhores Livros de Jane Austen

Se você é um apaixonado por romances clássicos ou está apenas começando a explorar a obra desta renomada autora do século XIX, prepare-se para se encantar com uma jornada literária que atravessa os séculos. Neste artigo, vamos explorar os 10 Melhores livros de Jane Austen, cada um deles uma joia literária que continua a cativar leitores de todas as idades.

De salões de baile a pitorescas paisagens do campo inglês, os romances de Austen são uma janela para uma época em que o amor era uma dança delicada de convenções sociais e sentimentos reprimidos. Com personagens complexos e diálogos afiados, seus livros nos transportam para uma era de elegância e refinamento, ao mesmo tempo em que nos fazem refletir sobre questões atemporais.

Quem foi Jane Austen?

Jane Austen foi uma proeminente escritora britânica do século XIX, nascida em 16 de dezembro de 1775, em Steventon, Hampshire, Inglaterra. Ela era a sétima de oito filhos de George Austen, um clérigo anglicano, e Cassandra Leigh Austen. Sua família tinha um ambiente culturalmente rico, com uma biblioteca bem abastecida, onde Austen e seus irmãos eram encorajados a desenvolverem seus talentos literários desde cedo.

Austen recebeu a maior parte de sua educação em casa, mas frequentou brevemente uma escola em Reading com sua irmã Cassandra. Desde tenra idade, ela demonstrou talento para a escrita, criando pequenas peças teatrais e histórias para entreter sua família. Seu pai, que era um amante da literatura, apoiou seu desejo de escrever e incentivou suas habilidades.

Em 1801, a família Austen mudou-se para Bath, uma cidade da moda na época. Lá, Jane teve a oportunidade de frequentar eventos sociais e se envolver com a elite cultural da época. No entanto, Bath não foi um período particularmente feliz para ela; ela se sentia fora do lugar e não conseguia encontrar inspiração para escrever.

Após o falecimento de seu pai em 1805, a família enfrentou dificuldades financeiras e foi forçada a se mudar com mais frequência. Durante esse período instável, Austen continuou a escrever, refinando suas habilidades literárias e desenvolvendo o estilo único que a tornaria famosa.

Em 1811, sua carreira literária teve um grande avanço com a publicação de “Sense and Sensibility” (Razão e Sensibilidade). O livro foi publicado anonimamente, com a autoria atribuída apenas como “por uma dama”. Seguiram-se outros sucessos, incluindo “Pride and Prejudice” (Orgulho e Preconceito), “Emma”, “Mansfield Park”, “Northanger Abbey” e “Persuasion” (Persuasão).

Orgulho e Preconceito 1813

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Imagem/Divulgação

No romance encantador de Jane Austen, publicado em 1813, a autora mergulha nas complexidades do orgulho e da vaidade, explorando as nuances do amor e do interesse em meio à sociedade inglesa do século XIX. Dentro de uma família de classe média, as irmãs Bennet enfrentam os desafios e dilemas de encontrar um amor verdadeiro em um mundo onde a classe social muitas vezes dita os rumos dos relacionamentos

Elizabeth e Jane, as irmãs mais velhas, destacam-se por sua determinação em casar por amor genuíno, contrastando com muitos dos valores e expectativas da sociedade em que vivem. Enquanto enfrentam pressões sociais e familiares para fazerem boas escolhas matrimoniais, elas se tornam símbolos da luta das mulheres por autonomia e liberdade de escolha.

Através de diálogos perspicazes e situações vívidas, Austen nos transporta para a alta sociedade inglesa do início do século XIX, oferecendo uma visão penetrante das convenções sociais e das dinâmicas de poder da época. Com uma prosa encantadora e personagens memoráveis, o romance nos convida a refletir sobre os valores eternos do amor, da amizade e da autoaceitação, enquanto nos deliciamos com uma narrativa repleta de humor e sagacidade. Com ilustrações originais de Hugh Thomson, esta edição é uma oportunidade única de mergulhar na riqueza e na elegância da era da Regência britânica.

Persuasão – 1817

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“Persuasão” é uma obra magistral de Jane Austen e marca o seu último trabalho completo. O livro narra a história de Anne Elliot, uma das heroínas mais serenas e introspectivas da autora, mas também uma das mais resilientes e receptivas à mudança. Em meio às turbulências das guerras napoleônicas que assolam a Inglaterra, o romance celebra a durabilidade do amor e a capacidade de uma mulher se manter fiel ao seu passado, enquanto ainda almeja um futuro feliz.

Jane Austen, de forma sutil e perspicaz, retrata como uma mulher pode desafiar as convenções sociais e as limitações impostas às mulheres na época, buscando sua própria felicidade e realização pessoal. Anne Elliot emerge como um exemplo de força e determinação, navegando pelas complexidades da sociedade em que vive e desafiando as expectativas sociais que tentam moldá-la.

Ao longo da narrativa, Austen nos envolve em um delicado jogo de emoções e dilemas morais, explorando temas universais como o arrependimento, a redenção e o poder transformador do amor verdadeiro.

Razão e Sensibilidade – 1811

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“Razão e Sensibilidade” marcou a estreia literária de Jane Austen, publicada inicialmente sob o pseudônimo “A Lady”. Dividida em três volumes, a obra rapidamente conquistou tanto a crítica quanto o público, recebendo diversas reedições e adaptações ao longo dos anos.

A trama acompanha as irmãs Dashwood após a morte do pai, quando são forçadas a deixar sua casa e se mudar para um local mais simples e afastado. Elinor, a mais racional e lógica, e Marianne, a mais sensível e romântica, precisam lidar com as expectativas injustas da sociedade, que valoriza a fortuna e os relacionamentos influentes.

Os contrastes entre as personalidades das irmãs são postos à prova em um mundo dominado pelo dinheiro e pelo interesse, onde são confrontadas com desafios e decepções. A narrativa oferece um retrato fiel da condição da mulher na aristocracia inglesa do século XIX, destacando as limitações e as pressões sociais que elas enfrentavam.

“Razão e Sensibilidade” é uma obra que exalta a importância da esperança diante das adversidades da vida. Ao explorar temas como amor, família, classe social e moralidade, Jane Austen constrói uma narrativa rica em nuances e profundidade, que continua a cativar leitores de todas as idades e gerações.

Emma – 1815

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“Emma” é uma obra brilhante de Jane Austen que apresenta uma protagonista cativante e complexa, cujas ações e amadurecimento são o cerne de uma trama repleta de desencontros amorosos e crítica social.

A jovem Emma Woodhouse, bonita, rica e inteligente, vive uma vida aparentemente livre de preocupações, mas sua natureza intrometida a leva a se envolver na vida amorosa dos que a rodeiam. Apesar de jurar nunca se casar, ela se considera altruísta ao tentar arranjar casamentos para seus amigos, uma prática comum na sociedade inglesa do século XIX, onde o matrimônio era visto como uma garantia de status e estabilidade social.

No entanto, apesar de suas boas intenções, Emma enfrenta desafios quando suas interferências são mal interpretadas e sua habilidade como casamenteira é questionada. Ao longo da história, Jane Austen oferece um olhar perspicaz sobre os costumes e convenções da época, revelando as complexidades e nuances da vida na Inglaterra do século XIX.

Emma, como protagonista, é retratada com profundidade e realismo, apresentando um amadurecimento gradual à medida que enfrenta as consequências de suas ações e aprende valiosas lições sobre amizade, amor e responsabilidade.

Mansfield Park – 1814

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“Mansfield Park” é uma obra notável de Jane Austen que apresenta a personagem Fanny Price, uma jovem que, apesar de sua aparente fragilidade e submissão aos caprichos de seus tios ricos, revela-se como uma figura profundamente complexa e forte.

Aos 12 anos, Fanny é levada para morar com seus tios em Mansfield Park, onde se vê envolvida em uma teia de relações familiares e sociais repletas de dissimulação e convenções rígidas da sociedade inglesa do século XIX. Apesar de sua aparente docilidade, Fanny enfrenta diversos conflitos internos e externos enquanto tenta navegar pelas expectativas e exigências de seus parentes.

Ao longo da história, Jane Austen oferece um retrato perspicaz da sociedade da época, expondo suas peculiaridades e limitações, especialmente no que diz respeito ao papel das mulheres e às dinâmicas de poder e status. Fanny, como protagonista, emerge como uma personagem profundamente cativante, cuja força e resiliência contrastam com sua posição social aparentemente vulnerável.

A Abadia de Northanger – 1817

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“A Abadia de Northanger” é uma obra notável de Jane Austen que se destaca como uma comédia satírica envolvendo questões humanas de maneira sutil, ambientada na cidade de Bath. Publicado postumamente em 1818, o romance apresenta uma trama envolvente centrada em Catherine Morland, uma jovem ingênua e cheia de energia que deixa sua vida tranquila na zona rural da Inglaterra para explorar a agitada e sofisticada Bath do final do século XVIII.

Catherine é retratada como uma leitora voraz de romances góticos, o que desempenha um papel crucial na narrativa, já que o enredo faz uma paródia inteligente desses romances, especialmente os escritos por Ann Radcliffe. Jane Austen habilmente contrapõe a realidade cotidiana de Catherine com as situações sinistras e emocionantes encontradas nos romances góticos, explorando os contrastes entre a vida pacata e as fantasias da imaginação.

Ao longo da história, Catherine é apresentada a uma série de personagens e eventos que desafiam suas concepções sobre amor, amizade e sociedade. Por meio de situações cômicas e revelações surpreendentes, Austen tece uma trama envolvente que oferece uma visão aguçada das complexidades da natureza humana e das convenções sociais da época.

Sanditon – 1817

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Quando Charlotte Heywood, uma adolescente de 14 anos, recebe o convite para passar alguns dias na cidade litorânea de Sanditon, ela aceita com entusiasmo. Para ela, essa é uma oportunidade emocionante de visitar um lugar que está prestes a se tornar o novo resort da moda para banhos de mar. No entanto, o que ela não sabe é que sua chegada marca o início de uma mudança drástica no cotidiano da cidade e na vida das pessoas que lá residem.

Ao adentrar Sanditon, Charlotte se depara com uma comunidade vibrante e cheia de expectativas, ansiosa para se transformar em um destino turístico de destaque. No entanto, por trás da fachada de otimismo e progresso, surgem tensões e rivalidades latentes entre os habitantes locais, cada um com suas próprias ambições e interesses.

Conforme Charlotte explora os arredores de Sanditon e interage com seus diversos moradores, ela se vê envolvida em uma teia de intrigas, romances e segredos. A jovem protagonista é testemunha das disputas de poder, das paixões avassaladoras e das lutas pelo controle do futuro da cidade.

Assim, a estadia de Charlotte em Sanditon se revela uma jornada repleta de surpresas e descobertas, enquanto ela se esforça para compreender as complexidades da vida adulta e os desafios de viver em uma comunidade em transformação.

Audácia e Presunção1805

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A obra inacabada de Jane Austen, “The Watsons”, deixou um legado fascinante para os leitores, abrindo espaço para interpretações e conclusões alternativas. No entanto, foi somente através da iniciativa de Catherine Hubback e, mais recentemente, da jovem autora brasileira Lis Wey, que os leitores puderam vislumbrar um desfecho imaginado para essa história envolvente.

Em “Emma Watson”, Lis Wey nos apresenta a personagem principal, a mais jovem entre os filhos de um viúvo enfermo. Após anos sob os cuidados de uma tia na Escócia, Emma retorna ao convívio de suas irmãs, onde descobre um cenário repleto de rivalidades e mal-entendidos. Influenciada pela irmã mais velha, Elizabeth, Emma começa a observar atentamente as pessoas ao seu redor, formando suas próprias opiniões sobre elas.

A trama se desenrola em meio a desilusões amorosas, segredos familiares e disputas por afeto. Elizabeth, responsável pelo cuidado do pai doente, é afetada por uma desilusão amorosa causada por Penélope, outra irmã, que a separou de seu grande amor, Purvis. Enquanto isso, Margareth compete pelo amor de Tom Musgrave com outras jovens solteiras da região.

No decorrer da história, Emma se depara com a família Edwards e os Osbornes, figuras influentes que impactam significativamente os rumos de sua vida e de suas irmãs. Com uma narrativa habilmente tecida por Lis Wey, os conflitos e dilemas das personagens ganham vida, transportando os leitores para o universo encantador e intrigante da Inglaterra do século XIX.

Amor e Amizade – 1790

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“Amor & Amizade”, também conhecido como “Lady Susan”, é uma novela epistolar escrita por Jane Austen, apresentando uma personagem feminina intrigante e perspicaz, Lady Susan Vernon. Viúva e falida, Lady Susan é retratada como uma mulher astuta e determinada, cujo principal objetivo é garantir um futuro confortável para si e para sua filha, Frederica.

A habilidade de Lady Susan para manipular situações e pessoas é ressaltada ao longo da narrativa, especialmente em sua busca por um marido rico para Frederica e, idealmente, para ela mesma. Seu charme e eloquência são suas armas principais, conquistando a atenção e o interesse de homens endinheirados, enquanto ela tece sua teia de intrigas.

No entanto, quando suas maquinações não resultam conforme o planejado, Lady Susan se vê obrigada a recorrer à hospitalidade de seu cunhado, Charles, para evitar fofocas e escândalos. É durante sua estadia na propriedade rural de Charles que ela conhece Reginald, irmão de sua cunhada, cuja fortuna o torna um pretendente desejável.

Lady Susan, percebendo o potencial de Reginald como um marido rico, começa a direcionar sua atenção para ele, mesmo que isso signifique afastá-lo de Frederica, que também se encanta pelo jovem. A trama se desenrola com uma série de intrigas, paixões e reviravoltas, proporcionando uma leitura envolvente e cheia de suspense.

Jack e Alice – 1787

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“Jack e Alice” é de fato uma das obras mais peculiares de Jane Austen, destacando-se por seu humor negro, ironia afiada e personagens marcados por suas falhas de caráter. Nesta novela, Austen nos apresenta uma narrativa envolvente e satírica, onde o egocentrismo e a inveja dos personagens são explorados de forma vívida e cativante.

A trama acompanha os infortúnios de Jack e Alice, dois personagens cujas vidas são permeadas por desventuras e situações surreais. O humor mordaz de Austen se revela na maneira como ela retrata as atitudes e os pensamentos dos protagonistas, expondo suas fraquezas e pecados de maneira perspicaz.

Ao longo da história, somos conduzidos por uma série de eventos cômicos e inesperados, que revelam a habilidade da autora em criar situações absurdas e ao mesmo tempo profundamente humanas. A qualidade textual de Austen é evidente, mesmo nesta obra da juventude, demonstrando sua maestria na construção de personagens e na elaboração de diálogos afiados.

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