Curiosidades sobre O Poderoso Chefão

Curiosidades sobre O Poderoso Chefão

A trilogia “O Poderoso Chefão” é mais que apenas uma obra-prima cinematográfica, uma obra que transcendeu o cinema para se tornar um ícone cultural. A equipe do Pop na Tela traz até você uma lista de curiosidades sobre O Poderoso Chefão que iluminam os bastidores desta saga épica.

Desde os ensaios memoráveis até as escolhas de elenco que redefiniram personagens icônicos, cada curiosidade é uma peça do quebra-cabeça que compõe o legado imortal de “O Poderoso Chefão”. Se você é um aficionado pela trilogia do universo de Don Vito Corleone, esta lista é um convite para desbravar uma das obras mais influentes da história do cinema. Prepare-se para uma imersão na genialidade de Coppola e no mundo intrigante da família Corleone.

Francis Ford Coppola não seria o diretor

Francis Ford Coppola não foi a primeira escolha da produtora Paramount Pictures para dirigir o filme. Antes de aceitar a proposta, vários diretores renomados já haviam recusado o projeto. Além disso, quando a produção começou, vários desentendimentos surgiram entre o diretor e o estúdio, especialmente porque os executivos desejavam um filme de gângsteres mais violento. Como resultado, Coppola estava constantemente sob a ameaça de demissão. Essas tensões nos bastidores acrescentaram uma camada extra de desafios à criação de “O Poderoso Chefão”.

Coppola também pensou em rejeitar o filme

Inicialmente, Coppola estava relutante em dirigir o filme, pois achava a obra muito comercial. No entanto, sua produtora, Zoetrope, feita em parceria com o diretor George Lucas, estava endividada em US$ 400 mil dólares com a Warner Bros devido ao fracasso do filme “THX 1138”, o primeiro longa-metragem de Lucas. No final das contas, Francis Ford Coppola concordou em participar da produção para saldar as dívidas acumuladas pela produtora, demonstrando que as circunstâncias financeiras foram um fator significativo em sua decisão de dirigir “O Poderoso Chefão”.

O estúdio não queria Marlon Brando como Don Corleone

Coppola estava determinado a ter Marlon Brando no papel de Don Vito, apesar da resistência dos executivos da Paramount devido à reputação problemática do ator nos sets de filmagem. Entre os considerados para o papel estavam Laurence Olivier, Orson Welles, Anthony Quinn e Burt Lancaster. Coppola conseguiu persuadi-los ao gravar um vídeo com Brando transformado no personagem. Contudo, como previsto pelo estúdio, Brando trouxe desafios ao set, pois não decorou a maioria de suas falas no filme. Para contornar o problema, ele espalhou cartões com suas falas por todo o estúdio e até colou cartazes com os diálogos nas roupas de outros personagens que atuavam de costas para as câmeras. Essa abordagem única de Brando, embora peculiar, contribuiu para a construção memorável do personagem.

Imagem: Reprodução

Disputa para dar vida a Michael Corleone

O papel de Michael Corleone foi disputado desde o início, sendo oferecido a Warren Beatty, Jack Nicholson e Dustin Hoffman, todos os quais recusaram. Durante os testes, Martin Sheen, Robert Redford e James Caan (que acabou interpretando Sonny Corleone) foram considerados para o papel de Michael. O estúdio relutava em escolher Al Pacino, pois ele ainda estava no início de sua carreira. No entanto, Coppola conseguiu convencer os produtores e o  papel acabou sendo para Pacino, uma escolha que se mostrou crucial e contribuiu significativamente para o sucesso e a qualidade do filme.

Palavras vetadas do filme

A palavra “máfia” não é mencionada sequer uma vez no filme inteiro. Isso se deve à colaboração com membros da Sociedade Civil dos Direitos dos Italo-Americanos, que solicitaram expressamente que termos como “máfia” e “Cosa Nostra” não fossem utilizados no filme. Essa escolha reflete a sensibilidade em torno da representação da comunidade ítalo-americana na mídia e foi uma forma de evitar estereótipos negativos associados a esses termos. Essa decisão contribuiu para a autenticidade do filme ao mesmo tempo em que respeitava as preocupações culturais e comunitárias.

O nervosismos era real

Lenny Montana, o ator que interpreta Luca Brasi, estava tão nervoso por contracenar com Marlon Brando que errou parte de sua fala durante a cena. A cena em que Luca Brasi ensaia o que vai dizer para Don Corleone é na verdade uma preparação que o ator estava fazendo antes da cena propriamente dita. Esse nervosismo acabou sendo incorporado à cena, mas a atuação geral de Montana contribuiu para criar um personagem memorável no filme, adicionando autenticidade à sua interpretação.

Imagem: Reprodução

A cabeça de cavalo era verdadeira

A cabeça de cavalo colocada na cama do produtor de filmes não era falsa. Durante os ensaios, uma cabeça falsa foi usada, mas quando as câmeras começaram a gravar, Francis Ford Coppola a substituiu por uma cabeça de cavalo real, surpreendendo o ator John Marley, que não estava ciente dessa mudança. A produção conseguiu a cabeça de cavalo em uma empresa de ração para cachorros. Essa cena se tornou uma das cenas mais icônicas e chocantes do filme, contribuindo para a intensidade e a impactante representação do mundo da máfia retratada no filme.

Laranjas são um aviso

Essa é uma observação interessante e que muitos fãs da trilogia notaram ao longo dos anos. A presença recorrente de laranjas em cenas dos filmes da trilogia tornou-se uma espécie de elemento simbólico. Embora não haja confirmação oficial de que a presença de laranjas seja uma indicação direta de morte ou de algo ruim prestes a acontecer, é possível notar que esse padrão parece se repetir em várias situações de perigo ou eventos trágicos ao longo dos filmes.

Imagem: Reprodução

O gato não fazia parte do roteiro

O gato que Marlon Brando segura em sua primeira cena no filme não estava previsto no roteiro. Brando encontrou o gato no galpão da Paramount e decidiu incorporá-lo à cena. Francis Ford Coppola gostou da ideia, embora o ronronar do gato tenha causado interferências nas falas de Brando. Como resultado, algumas das frases tiveram que ser regravadas posteriormente devido ao som do gato. Essa adição improvisada acabou se tornando uma parte memorável da cena e é frequentemente lembrada pelos fãs do filme.

Premiações

Marlon Brando e Robert De Niro são os únicos atores a ganhar o Oscar por interpretar o mesmo personagem, Vito Corleone, em diferentes momentos da vida do personagem na trilogia “O Poderoso Chefão”. Brando ganhou o Oscar de Melhor Ator por sua interpretação de Vito Corleone em “O Poderoso Chefão” (1972), enquanto Robert De Niro ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por retratar a versão jovem de Vito Corleone em “O Poderoso Chefão II” (1974).

Além disso, “O Poderoso Chefão II” fez história ao se tornar a primeira sequência a receber o prêmio de Melhor Filme no Oscar, consolidando ainda mais a importância e o sucesso da trilogia.

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